
Lisboa | Pastelaria Suíça (vai fechar!)
A pastelaria Suíça abriu em 1922 e, perto de completar 100 anos, anunciou que fechará as portas para sempre no dia 31 de Agosto.
Lembro-me de ser pequena e de passear com os meus pais na Praça da Figueira e no Rossio e de ir sempre, mas sempre, à pastelaria Suíça.
É um marco emblemático na cidade de Lisboa.
Vai ser estanho passar ali e não a encontrar..
É certo que longe vai o tempo onde se sentia vento com o passar acelerado dos empregados.
Eram muitos e sempre de um lado pra o outro…
A Baixa mudou, e muito!
E o negócio também.
Não sei se vou ter coragem de ir beber o último chá com uma língua de veado.
Despeço-me da Suíça deixando aqui um pouco da sua história, retirada do site oficial.
Este estabelecimento foi fundado por Isidro Lopes e Raul de Moura em 18 de Março de 1922, com um capital social de 300 mil escudos, para exercer a actividade de “pastelaria, leitaria e seus derivados”, tendo adoptado a designação de “Casa Suissa, Lda.”
O Rossio ladeado pelos inúmeros cafés e esplanadas no lado poente, permitiu que a Pastelaria Suíça, banhada pelo esplendoroso sol, acolhesse e fosse preferida pelas gentes fugitivas da Europa Central.
Com o início da 2ª Guerra Mundial, Lisboa tornou-se ponto de cruzamento dos vários interesses no conflito, o que permitiu, dada a sua excepcional localização e inteligente receptividade da jovem gerência, tornar-se no local de encontro e lazer de alguns dos milhares de refugiados que procuravam ou aguardavam os mais diversos destinos.
O local é mencionado em inúmeras reportagens daquela época, ocupando capítulos de algumas obras literárias. Nos anos 50, lá foram filmadas cenas de um filme de espionagem, tendo Lisboa por palco. Cadeias de televisão da Holanda, Alemanha, Escandinávia e Japão têm utilizado a Pastelaria Suíça para relembrar hoje, como promoção turística, alguns dos momentos históricos de épocas passadas.
Foi galardoada com o Diploma de Honra e Medalha de Ouro na Primeira Exposição Nacional de Confeitaria e Pastelaria, no ano de 1956, e distinguida com a Menção Honrosa no Concurso Bolo Henriquino”, em Abril de1961.
Acompanhando a evolução dos hábitos alimentares, já no decurso dos anos oitenta, foi feita remodelação total, conquistando mais espaço e apostando em outros segmentos de mercado, tais como snack-bar, geladaria e cafetaria em “auto-serviço”.
A caminho do século XXI, tem a prestação social de marcado relevo. E, aberta a universo humano sem restrições continuará a ser lugar privilegiado de encontro.
Daqui a uma semana, fechará as portas para sempre…
Obrigada por fazeres parte das minhas memórias, Suíça!
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